Acompanhe os destaques do mercado de alimentos! Veja como foi a devolução de FLVs em dezembro, pimentão como produto mais devolvido, o que esperar do clima em janeiro e no verão e quais os seus impactos nos cultivos!
Olá, seja bem-vindo à primeira edição do ano de 2024 do ParInforme, o informativo oficial da PariPassu! Esta é a edição de Janeiro e aqui você acompanhará os principais dados e acontecimentos que movimentaram o mercado de alimentos em dezembro de 2023, ou seja, no mês passado!
Esse informativo é criado e publicado mensalmente para que você fique por dentro de como anda a qualidade das frutas, legumes e verduras (FLVs), os principais destaques do clima e como eles impactam as produções agrícolas.
Seja bem-vindo e boa leitura! 📰🍎
Confira neste ParInforme:
Qualidade em Dezembro
Introdução
Para saber saber como estava a qualidade dos FLVs em dezembro de 2023, nós analisamos 27.589.588kg de produtos comercializados no mês. Deste total, 86% dos produtos foram aprovados pelos supermercados, 9% foram recebidos em restrição e 5% foram devolvidos, conforme as imagens abaixo:
Para acompanhar mais de perto a qualidade, você verá a seguir algumas informações sobre as movimentações do mercado em dezembro, incluindo uma comparações de dados de alguns varejos! 📈🍉
Observação: Para manter a privacidade dos nossos parceiros, os varejos apresentados aqui foram escolhidos de maneira aleatória e variada, de forma que um mesmo varejo não apareça mais de uma vez por edição. Ou seja, os varejos que são apresentados em um gráfico não são os mesmos que aparecerão no gráfico seguinte e assim por diante.
Evolução no Status de Qualidade
Dezembro não apresentou mudanças significativas no percentual de aprovação dos FLVs pelos supermercados em relação ao mês anterior, de forma que 86% dos produtos foram aprovados pelos mesmos, enquanto que 9% foram aprovados em restrição e 5% foram devolvidos. Nesse sentido, as variações em relação ao mês de novembro foram apenas decimais, fazendo com que os dados arredondados permaneçam os mesmos em ambos os casos.
Confira as informações completas no gráfico abaixo:
Acompanhamento das Devoluções
Apesar de o percentual geral de devoluções ter permanecido o mesmo, podemos ver que houve uma mudança significativa na variação de devolução entre os supermercados observados. Nesse sentido, o índice de devolução variou de 2% a 10% entre os 6 varejos apresentados aqui.
Ainda podemos ver que 4, dos 6 varejos, apresentaram uma queda no percentual de devolução de novembro para dezembro, enquanto que apenas 2 varejos apresentaram um aumento. As mudanças mais significativas ficaram por conta do varejo 1, que registrou 4 pontos percentuais de queda, e o varejo 2, que apresentou 3 pontos percentuais de aumento nesse quesito. Confira no gráfico:
Ranking de devoluções
Já sobre os produtos que mais foram devolvidos, podemos ver que o pimentão ficou em primeiro lugar, apresentando o índice de 22% de devolução, seguido pelo morango, com 21%, e o chuchu, com 20%.
No gráfico a seguir você pode acompanhar a comparação das devoluções por produto nos meses de novembro e dezembro, onde a coluna verde representando o percentual de devolução de novembro e a coluna azul o percentual de devolução de dezembro. Assim, você pode observar que, 10, dos 17 produtos avaliados, tiveram um aumento na devolução em relação ao mês anterior, enquanto que 7 produtos tiveram uma queda. A diminuição de devolução mais significativa foi a do mamão, que apresentou uma queda de 9 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Enquanto isso, o aumento de devolução mais significativo foi o do morango, que apresentou 8 pontos percentuais a mais do que em novembro. Acompanhe os demais produtos no gráfico abaixo:
Meteorologia
Destaques de Dezembro
Seguindo o mesmo padrão os meses anteriores, dezembro foi marcado pela ocorrência de eventos extremos que afetaram diretamente os cultivos agrícolas. Nesse sentido, o maior destaque do mês foi a ocorrência de chuvas nos estados do Pará, Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Sul, uma vez que os acumulados do mês ultrapassaram a média histórica nessas regiões. Em compensação, áreas da região Norte, Centro-Oeste e Sudeste registraram chuva a baixo da média do mês.
Ainda sobre a ocorrência de chuvas do mês, o Relatório Agro Climatológico do INMET mostra que o tempo seco predominou na região Nordeste, com exceção da área sul do Maranhão e do Piauí, bem como o extremo oeste da Bahia, que registraram volumes de chuva acima de 150mm, chegando a 260mm em algumas áreas. A ocorrência de chuva nessas regiões permitiu a semeadura e desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. A região Norte, também registrou volumes de chuva acima de 150mm, principalmente no Amazonas, Acre, Rondônia, sudoeste do Pará e sul do Tocantins. , chegando a 431,1mm em Itaituba (PA). Essas regiões também conseguiram permanecer com a umidade do solo elevada, favorecendo a semeadura e desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. A exceção na região Nordeste, foram as áreas do estado de Roraima e noroeste do Pará, que registraram chuvas abaixo de 100mm, insuficientes para aumentar o armazenamento de água no solo.
Já na região Centro-Oeste, as chuvas foram mais regulares nesse mês, favorecendo o aumento da umidade do solo, principalmente em áreas do sul do Mato Grosso, norte de Goiás e oeste do Mato Grosso do Sul, onde a precipitação foi superior a 200mm. Essa região também se favoreceu das chuvas para semear e desenvolver os cultivos de primeira safra. O destaque no centro-oeste fica por conta da cidade de Padre Ricardo Remetter (MT), que registrou 445,5mm de chuva no mês.
A região Sudeste registrou volumes superiores a 150mm de chuva em áreas de Minas Gerais, nordeste de São Paulo, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. Esses volumes também favorecerem o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, principalmente de cana-de-açúcar e café. Contudo, o norte do estado de Minas Gerais e Espírito Santo ainda estão recuperando os níveis de água no solo, mesmo com o retorno das chuvas. Já a região Sul registrou um volume de chuvas menor do que no mês anterior, com valores que variaram entre 120mm e 200mm, chegando a 300mm nas cidades de Tupancireta, Quaraí e Alegrete (RS). A umidade do solo permaneceu elevada em grande parte da região e as condições climáticas ajudaram o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra. Confira na imagem a seguir os volumes de precipitação acumulada em dezembro.
No que se refere às temperaturas, o mês de dezembro foi marcado pelo calor extremo em grande parte do país, com a presença de ondas de calor. Uma das ondas de calor mais significativas durou quatro dias, iniciando no dia 14 e acabando no dia 18, atingindo o centro-sul do país, onde o dia mais quente foi o dia 16, que chegou a marcar 7ºC acima da média, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Ainda nesse sentido, é possível observar que várias cidades registraram temperaturas máximas acima de 40ºC, com destaque para a Parnaíba (PI), que registrou 43,6ºC no dia 27 de dezembro.
O que esperar de Janeiro?
O clima no Brasil segue sob a influência do fenômeno El Niño, responsável por intensificar o volume de chuvas na Região Sul e secas no Norte e Nordeste do país em 2023. De acordo com as previsões do APEC Climate Center (APCC), o centro de pesquisas climáticas localizado na Coréia do Sul, há entre 80% e 90% de chance de o fenômeno permanecer ativo nos meses de março, abril e maio, sendo ainda que esse percentual cai para 60% nos meses de abril, maio e junho, indicando um leve enfraquecimento do fenômeno nesse período. Isso quer dizer que janeiro ainda será influenciado pelo fenômeno, podendo apresentar algumas anomalias climáticas relacionadas às chuvas e à temperatura.
Nesse sentido, segundo o INMET, as regiões Norte, Sul e os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, possivelmente terão chuvas abaixo da média em janeiro. Já as regiões Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do Brasil poderão ter chuvas na média ou ligeiramente acima dela neste mês.
Confira a seguir o mapa de previsão de precipitação prevista para janeiro:
Lê-se na imagem: a imagem indica a quantidade de chuvas previstas no país no mês de janeiro. Sendo assim, quanto mais escuro o tom de verde, maior é a quantidade de chuvas prevista e quanto mais escuro o tom de vermelho, menor é a quantidade de chuvas prevista.
No que se refere às temperaturas, estima-se que elas permaneçam acima da média em quase todo país, com destaque para os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Pará e Amapá, que terão as temperaturas mais altas, podendo a média chegar a 30ºC. Outra região que também terá temperaturas altas será a MATOPIBA, que inclui áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Já a parte centro-sul do Rio Grande do Sul, norte do Rio Grande do Norte e oeste do Paraná terão temperaturas próximas à média. Por último, no oeste do Espírito Santo, as temperaturas ficarão na média ou ligeiramente abaixo dela. Confira na imagem abaixo a previsão de temperaturas médias em janeiro:
Lê-se na imagem: a imagem indica a temperatura média prevista no país no mês de janeiro. Sendo assim, quanto mais escuro o tom de laranja e vermelho, maior é a temperatura média prevista e quanto mais escuro o tom de verde, menor é a temperatura média prevista.
Previsões para o Verão
No dia 22 de dezembro de 2023 nós entramos oficialmente na estação do Verão, que é marcada pelas temperaturas elevadas, dias mais longos que a noite e ocorrência de chuvas em quase todo país. Esse ano, o verão está acontecendo ainda sob influência do El Niño, que permanece ativo e ainda na classificação "forte". Isso pode acarretar em anomalias climáticas, com variações de temperatura e chuva em algumas regiões. Confira a seguir algumas previsões para cada região brasileira, com base no Prognóstico Climático de Verão, do INMET e INPE.
- Região Norte:
Espera-se que grande parte da região permaneça com chuvas abaixo da média nos meses de janeiro, fevereiro e março, com exceção dos estados do Acre, Roraima, Amapá e Amazonas, que terão chuvas próximas à média ou até mesmo acima. No que se refere à temperatura média da região, ela deve permanecer acima dos valores esperados, podendo chegar a 1ºC acima da média histórica. - Região Nordeste:
A parte centro-norte do Nordeste pode ter chuvas abaixo ou próximas à média, enquanto que a parte centro-sul poderá ter chuvas mais volumosas, devido às águas aquecidas do Atlântico Sul. As temperaturas também tendem a ficar acima da média histórica da região, principalmente no Maranhão e Piauí. A exceção, neste caso, fica com as áreas costeiras, que podem ter temperaturas mais amenas devido às chuvas. - Região Centro-Oeste:
A tendência é que tenha chuvas próximas ou acima da média nos próximos três meses, com exceção da parte oeste do Mato Grosso, que contará com chuvas ligeiramente abaixo da média da região. Assim como as regiões mencionadas anteriormente, também terá temperaturas acima da média histórica. - Região Sudeste:
Espera-se que tenha chuvas acima da média também em janeiro, fevereiro e março, com destaque para Minas Gerais, que poderá contar com chuvas mais frequentes. Também contará com temperaturas acima da média histórica para a região. - Região Sul:
Estima-se que a parte sul do Rio Grande do Sul apresente chuvas acima da média, contudo, as demais regiões terão chuvas irregulares, cujo volume final ficará próximo ou abaixo da média da região. As temperaturas ficarão próximas ou ligeiramente acima da média.
Confira nas imagens a seguir a previsão de precipitação (primeira imagem) e temperatura (segunda imagem) previstas para os meses de janeiro, fevereiro e março.
Lê-se na imagem: a imagem indica a quantidade de chuvas previstas no país no mês de janeiro. Sendo assim, quanto mais escuro o tom de verde, maior é a quantidade de chuvas prevista e quanto mais escuro o tom de vermelho, menor é a quantidade de chuvas prevista.
Lê-se na imagem: a imagem indica a temperatura média prevista no país no mês de janeiro. Sendo assim, quanto mais escuro o tom de laranja e vermelho, maior é a temperatura média prevista e quanto mais escuro o tom de verde, menor é a temperatura média prevista.
Produções agrícolas neste verão
Ainda segundo o relatório do INMET, alguns impactos do clima nas safras de verão devem ser destacados. Entre eles, está o desfavorecimento dos cultivos na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), devido à pouca quantidade de água disponível no solo. Isso se deve ao pouco volume de chuvas nos últimos meses de 2023 e espera-se que o nível de água no solo permaneça baixo nos próximos meses, intensificado pelo aumento da evaporação devido às altas temperaturas.
Já a região central do Brasil foi favorecida pelas chuvas que aconteceram na segunda quinzena de dezembro, as quais ajudaram a repor a água disponível no solo, permitindo a retomada dos cultivos de primeira safra. A exceção nessa região é o norte de Minas Gerais, que não recebeu um volume de chuvas tão expressivo e continua com os níveis de água no solo baixos. Mas a previsão é que essa região receba chuvas regulares nos próximos meses e retome níveis satisfatórios para favorecer as culturas de verão.
A região Sul, por sua vez, deve permanecer com o volume alto de água disponível no solo, mas com menos probabilidade de exceder a capacidade de absorção em algumas localidades. Isso também se deve à redução do volume de chuvas em relação aos últimos meses de 2023, o que vai favorecer a retomada das semeaduras da primeira safra, que permanecem atrasadas em algumas regiões.
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