Confira os destaques do mercado de alimentos do mês de setembro! Queda no índice de aprovação dos FLVs, abacaxi como produto mais devolvido, destaques meteorológicos, secas no Norte e Nordeste e visão do campo!
Olá, seja bem-vindo à edição de Outubro do ParInforme, o informativo oficial da PariPassu! Aqui você pode acompanhar os principais dados e indicadores do mercado de alimentos no último mês. Ou seja, as informações aqui apresentadas são referentes ao mês de setembro de 2023.
Confira neste ParInforme:
Meteorologia:
Destaques Meteorológicos de Setembro
Setembro foi um mês marcado pelo grande volume de chuvas na região sul, principalmente no Rio Grande do Sul, onde o volume total ultrapassou os 400 mm e impactou negativamente alguns cultivos de inverno, bem como cultivos de verão em estágio de desenvolvimento. Ainda de acordo com o Boletim de Monitoramento da CONAB, as chuvas no estado foram praticamente constantes e não houveram muitos dias de sol, o acabou resultando na proliferação de doenças, uma vez que a umidade do ar estava elevada, as temperaturas altas e o solo encharcado. Já em Santa Catarina e no Paraná, o volume de chuvas foi menos intensos e contribuíram para manter a umidade do solo.
Chuvas também foram registradas em São Paulo, áreas do Mato Grosso, parte do Mato Grosso do Sul, litoral da região Nordeste, na área entre o Rio Grande do Norte e o sul da Bahia e no oeste da região Norte. Contudo, nessas regiões as chuvas não foram tão volumosas e não impactaram negativamente as culturas, mas ajudaram a aumentar a umidade do ar e reduzir o risco de incêndios. Infelizmente, o acumulado de chuva foi insuficiente para recuperar a umidade do solo para o início da primeira safra.
As demais áreas do Brasil registraram pouca ou nenhuma chuva em setembro. A atenção aqui recai sobre a região do SELBA (estados de Sergipe, Alagoas e Bahia), que onde as chuvas foram insuficientes para os cultivos de feijão e milho.
Outra questão que marcou o mês de setembro foram as anomalias climáticas. Para entender melhor, uma anomalia climática acontece quando uma variável meteorológica (tais como temperatura, precipitação, pressão, umidade, entre outras) apresenta um desvio muito grande do padrão para aquela região, naquele período do ano. Essas anomalias normalmente acontecem associadas a algum evento climático, como o El Niño ou La Niña. Ou seja, mesmo considerando os efeitos desses eventos, ainda estamos presenciando ocorrências de temperatura e chuvas acima do limite máximo ou abaixo no limite mínimo registrados.
Sobre esse ponto, observe abaixo os gráficos de acompanhamento de anomalias de precipitação e temperatura registrados em setembro.
Fonte: INMET
Secas no Norte e Nordeste: acompanhe a situação
Nas edições anteriores do ParInforme nós falamos sobre o El Niño e os seus efeitos sobre o clima no sul do país. Contudo, outra influência importante que esse efeito exerce sobre o clima brasileiro, é a redução de chuvas no Norte e Nordeste do Brasil. Isso resulta na diminuição de água nos reservatórios e rios, bem como na umidade do solo. Com os efeitos da mudança climática somados ao El Niño, essas regiões tendem a ter ainda menos ocorrências de chuvas, agravando a situação de seca tradicional.
Setembro trouxe um agravamento dessa situação na região Norte, onde a margem do rio Amazonas, que naturalmente estaria em recessão, reduziram ainda mais do que o esperado, impactando a navegação, captação de água e geração de energia. A falta de água ainda impacta o crescimento das culturas de milho, cebola e melancia, que não cresceram tanto quanto o esperado, além de culturas que foram completamente perdidas. Algumas regiões estão sentindo o impacto direto disso, como Manaus, por exemplo, onde os preços aumentaram cerca de 30% por conta dos efeitos da seca.
A região Nordeste também costuma vivenciar secas neste período, mas o volume de chuvas também foi abaixo do esperado, o que faz com que não haja água o suficiente para repor os reservatórios. Além disso, as áreas de secas leve e moderada avançou nos últimos meses, cobrindo quase todo o território dos estados da Bahia e do Piauí. Além disso, a seca também se estendeu nos estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Ceará. Ainda de acordo com a ANA, o reservatório de água da região Nordeste (que contempla a soma de todos os volumes de reservatórios da região) está apresentando 48,1% da sua capacidade preenchida.
Nesse sentido, veja abaixo o mapa com os rios brasileiros em situação de estiagem, atenção, alerta, inundação e normal.
Fonte: INMET
O que esperar do clima em Novembro?
A previsão é que novembro siga sob a influência do El Niño, com ocorrências de anomalias de temperatura e precipitação. O Boletim Mensal do INMET sobre o Painel El Niño sugere que teremos probabilidade de chuva abaixo da faixa normal, na faixa Leste e Norte do país. Já a região Sul, São Paulo e parte de Minas Gerais ficam em alerta para a possibilidade de chuvas acima da faixa normal. A região Central, por sua vez, se encontra no período de transição, o que quer dizer que podem acontecer episódios de chuva expressiva na segunda metade do mês.
No que se refere às temperaturas, é provável que ocorram valores acima da faixa normal na maior parte do Brasil. Confira a seguir a previsão de temperaturas médias e ocorrências de chuvas para o mês de Novembro.
Fonte: INMET
Fonte: INMET
Visão do campo
Para entender a qualidade dos produtos que chegam nos supermercados, é preciso conhecer e acompanhar o trabalho no campo. Para isso, trouxemos alguns comentários dos nossos clientes produtores sobre as suas experiências no campo no mês de agosto. Confira as observações e os desafios que os produtores encontraram, de acordo com os respectivos produtos.
Batata
Cebola
Morango
Manga
Melancia
Mamão
Comércio de FLVs em setembro
Para compor esse ParInforme, foram analisados 31.105.822kg de FLVs comercializados em setembro de 2023. Deste total, 87,4% dos produtos foram aprovados pelos supermercados, 9% foram recebidos em restrição e 3,6% foram devolvidos, conforme as imagens abaixo:
Confira mais informações a seguir sobre as movimentações do mercado, com comparações de dados de alguns varejos! 🍉
Observação: Para manter a privacidade dos nossos parceiros, os varejos apresentados aqui foram escolhidos de maneira aleatória e variada, de forma que um mesmo varejo não apareça mais de uma vez por edição. Ou seja, os varejos que são apresentados em um gráfico não são os mesmos que aparecerão no gráfico seguinte e assim por diante.
Evolução no Status de Qualidade
Em setembro tivemos o índice de 87% de aprovação dos FLVs pelos supermercados, representando uma queda em relação ao mês anterior, que tinha marcado 88% neste quesito. Essa é a primeira queda registrada nos últimos quatro meses, já que a última tinha acontecido no mês de junho, 82%, em relação ao mês de maio, 85%.
Já a aprovação dos produtos em restrição, por outro lado, apresentou um aumento em relação ao mês de agosto, marcando o percentual de 9% em setembro. O índice de devolução de produtos, por sua vez, permaneceu igual aos dois meses anteriores, seguindo com o percentual de 4%.
Confira as informações completas no gráfico abaixo:
Acompanhamento das Devoluções
O índice de devolução de FLVs variou de 2% a 6% nesse mês, de acordo com os seis varejos avaliados. Essa amplitude é menor do que no mês de agosto, de modo que os varejos tiveram percentuais muito mais próximos uns dos outros em setembro.
Nesse sentido, dois varejos tiveram o percentual de 2% de devolução de FLVS, dois varejos tiveram o índice de 4% e os últimos dois varejos apresentaram 6% de devolução. Ainda é possível observar que apenas dois varejos apresentaram um índice menor do que no mês anterior, enquanto quatro varejos apresentaram um aumento neste quesito. Confira no gráfico:
Ranking de devoluções
No que se refere às devoluções realizadas no mês de setembro, o abacaxi continua liderando o ranking de FLVs mais devolvidos, dessa vez com o índice de 25%, um ponto percentual a menos do que no mês anterior. O segundo produto mais devolvido foi a maçã, com 17% de devolução, seguida do mamão e do pimentão, ambos com 16%.
No gráfico a seguir você pode acompanhar a comparação das devoluções por produto nos meses de agosto e setembro, onde a coluna verde representa o percentual de devolução de setembro e a coluna azul o percentual de devolução de agosto. Nesse sentido, é possível observar que 8 dos 13 produtos apresentados, tiveram uma queda no índice de devolução de um mês para o outro. O destaque fica com a batata doce, cuja devolução caiu 11 pontos percentuais, a melancia, que caiu 9 pontos percentuais e a batata que, por sua vez, apresentou queda de 5 pontos percentuais. A maçã e a tangerina são os únicos produtos apresentados que tiveram um aumento nas devoluções em comparação ao mês de agosto. Acompanhe os demais produtos no gráfico abaixo:
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