ParInforme: Edição de Setembro

Confira nessa edição: movimentações do mercado de FLVs, abacaxi na liderança dos produtos mais devolvidos, destaques meteorológicos, previsões do clima para a primavera, ciclones no RS, GLOBALG.A.P em outubro e muito mais!

    Olá, seja bem-vindo à edição de Setembro do ParInforme, o informativo oficial da PariPassu! Aqui você pode acompanhar os principais dados e indicadores do mercado de alimentos no último mês. Ou seja, as informações aqui apresentadas são referentes ao mês de agosto de 2023.

Confira neste ParInforme:

Introdução

  Para compor esse ParInforme, foram analisados 34.614.726kg de FLVs comercializados em agosto de 2023. Deste total, 87,9% dos produtos foram aprovados pelos supermercados, 8,2% foram recebidos em restrição e 3,9% foram devolvidos, conforme as imagens abaixo:

 

    Confira mais informações a seguir sobre as movimentações do mercado, com comparações de dados de alguns varejos! 🍉

Observação: Para manter a privacidade dos nossos parceiros, os varejos apresentados aqui foram escolhidos de maneira aleatória e variada, de forma que um mesmo varejo não apareça mais de uma vez por edição. Ou seja, os varejos que são apresentados em um gráfico não são os mesmos que aparecerão no gráfico seguinte e assim por diante.

 

Evolução no Status de Qualidade

    O mês de agosto seguiu a tendência de julho no que se refere ao aumento no percentual de aprovação dos produtos FLVs pelos supermercados. Este índice, que tinha sido de 82% em junho, aumentou para 87% em julho e cresceu para 88% em agosto.

    A aprovação dos produtos em restrição também seguiu os passos do mês anterior e continuou diminuindo. O índice, que foi de 13% de junho, tinha caído para 9% em julho e chegou a 4% em agosto. Já o índice de devolução de produtos permaneceu igual ao mês anterior, mantendo o percentual de 4%.

Confira as informações completas no gráfico abaixo:

                                                                 

 

Acompanhamento das Devoluções

    Olhando mais de perto seis dos nossos varejos parceiros, podemos ver que o percentual de devolução de FLVs variou entre 1% e 8% neste mês. Ainda é possível observar que 3 dos 6 varejos pesquisados apresentaram uma queda no índice de devoluções em relação ao mês anterior, 2 apresentaram aumento e 1 permaneceu igual. Confira no gráfico:

 

Ranking de devoluções

    No que se refere às devoluções realizadas no mês de agosto, o abacaxi lidera o ranking de FLVs mais devolvidos, com o índice de 26%, seguido do batata doce com 21% e o mamão e a melancia, ambos com 20%.

    No gráfico a seguir você pode acompanhar a comparação das devoluções por produto nos meses de julho e agosto, onde a coluna verde representa o percentual de devolução de agosto e a coluna azul o percentual de devolução de julho. Nesse sentido, é possível observar que, apesar de o abacaxi permanecer em primeiro lugar, ele apresentou uma queda de 3% nas devoluções em relação ao mês anterior. Da mesma forma, o mamão também apresentou queda, dessa vez de 2%, o que fez com que ele passasse de segundo para terceiro lugar no ranking de devolução. Outro destaque importante é a batata doce, que assumiu o segundo lugar e apresentou um aumento de 8% de devolução em relação ao mês de julho. Acompanhe os demais produtos no gráfico abaixo:

 

Visão do campo

    Para entender a qualidade dos produtos que chegam nos supermercados, é preciso conhecer e acompanhar o trabalho no campo. Para isso, trouxemos alguns comentários dos nossos clientes produtores sobre as suas experiências no campo no mês de agosto. Confira as observações e os desafios que os produtores encontraram, de acordo com os respectivos produtos.

Tangerina

Tangerina 1

Tangerina 2

Maçã

Maçã 1

Melancia

Melancia 1

Morango

Morango 1

Outros produtos

Outros 1

Outros 2

 

Destaques meteorológicos de agosto

    Em agosto, o tempo seco predominou nas regiões Centro-Oeste, Sudeste do país, bem como no MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), marcado pela baixa umidade do solo e temperaturas altas, mas, apesar dessas condições, a situação permaneceu favorável para a finalização dos cultivos de segunda safra. Ainda de acordo com o Boletim Agroclimatológico do INMET, no Nordeste, as chuvas foram pouco volumosas e irregulares, concentradas principalmente na costa leste, incluindo regiões dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia (região SELBA). Já nas áreas mais distantes do litoral, a chuva irregular agravou a situação de restrição hídrica para os cultivos da terceira safra. Os destaque aqui são Caruru (PE) que registrou 154mm e Maceió, com 144mm.

    Na região Sul, por sua vez, os volumes de chuva foram maiores que 70mm na maioria das regiões, com destaque para áreas de Santa Catarina, que registraram mais que 120mm nesse período. O Rio Grande do Sul, contudo, apresentou a quantidade de chuva levemente abaixo da média. Essa diminuição das precipitações, junto com a ocorrência de temperaturas acima da média, pode ter causado algumas restrições e efeitos nos cultivos de inverno. Mesmo assim, a umidade no solo foi suficiente para manter o cultivo na maioria das áreas, e o espaçamento das chuvas pode ter facilitado o manejo de algumas culturas. A quantidade de água no solo dessa região voltou a aumentar com as chuvas que ocorreram a partir da segunda semana do mês, o que contribuiu para o desenvolvimento dos cultivos de inverno na região. A única exceção nesse estado foi o extremo sudeste, que registrou chuvas inferiores a 40mm, insuficientes para manter a umidade do solo adequada.

Confira na imagem a precipitação acumulada (em mm) do mês de agosto.

    Também é possível observar que quase todo país apresentou temperaturas acima da média, além de registros de ondas de calor na região central e MATOPIBA, onde as máximas ultrapassaram 40º, principalmente no Maranhão, Tocantins, Piauí, Mato Grosso e norte de Minas Gerais.

    Em contrapartida, algumas regiões no Sul do país apresentaram temperaturas negativas e ocorrência de geada de intensidade fraca a forte.

 

Início da Primavera: O que esperar do clima?

    Chegou o momento de dar boas vindas à Primavera de 2023, que inicia dia 23 de setembro e vai até o dia 22 de dezembro. Essa estação normalmente é caracterizada pela transição das estações de seca e chuva na parte central do país, bem como pelo período chuvoso que atinge as regiões Centro-Oeste, Sudeste e a parte centro-sul da região Norte, proveniente da umidade vinda da Amazônia.

    Além dessas características chuvosas da estação, algumas ocorrências climáticas podem deixar esse processo ainda mais intenso, segundo as precisões do INMET. Um exemplo é a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), cujas ocorrências podem acontecer ainda nesta primavera. Estes eventos atingem o Sudeste, Centro-Oeste, Acre e Rondônia. Já a região Sul pode encontrar os episódios de Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), que é caracterizado por chuvas fortes, rajadas de vento, descargas atmosféricas e granizo.

    Outro evento que merece destaque é o El Niño, que já está influenciando as condições de temperatura e chuva nos últimos meses e, estima-se que irá permanecer atuante durante toda a primavera e início do verão. Atualmente, o fenômeno está sendo classificado como moderado, mas alguns estudos indicam que ele pode se intensificar e chegar na categoria forte nos próximos meses. Como outros estudos indicam que ele permanecerá como moderado, resta-nos acompanhar o seu desenvolvimento nas próximas etapas.

    Confira a seguir a expectativa de precipitação e temperatura média para o Brasil nessa primavera:

Fonte: INMET.

 

    Nesse sentido, ainda segundo o INMET, espera-se que a primavera marque o retorno gradual das chuvas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, o que irá aumentar o armazenamento da água no solo. Entretanto, na parte norte dessas mesmas regiões, pode ser a que chuva ocorra de forma irregular, o que, combinado com altas temperaturas, pode reduzir a umidade do solo.

    A região Sul, por sua vez, se beneficia com as chuvas acima da média, mas também entra em alerta, principalmente no Rio Grande do Sul, para a possibilidade de encharcamento do solo e consequente prejuízo para as colheitas da safra de inverno início do plantio de grãos.

 

Ciclones no Rio Grande do Sul: entenda os ocorridos

    Desde junho desse ano nós estamos acompanhando as tristes notícias sobre os ciclones que atingem o Rio Grande do Sul. Agora em setembro, porém, esses fenômenos de maior intensidade voltaram a ocorrem,  configurando o que o governo local considerou "a maior tragédia dos últimos 40 anos". 

    Segundo o G1, os ciclones que aconteceram em setembro deixaram 49 mortos, mais de 900 feridos e aproximadamente 6.000 pessoas desabrigadas ou desalojadas, nas 100 cidades atingidas.

    Além disso, a dimensão dos estragos para agricultura e pecuária ainda estão sendo conhecidos, mas sabe-se que alguns produtos irão sofrer gravemente com o aumento dos preços. O que é o caso, por exemplo, do arroz, que, segundo a CNN, teve um aumento de 23% e está no mesmo patamar de novembro de 2020, quando a saca chegou a custar R$103,98. Vale lembrar que o RS corresponde pela produção de 70% do arroz nacional.

    Ainda segundo a CNN, existe a previsão que novos ciclones atinjam o estado nas próximas semanas, o que não é incomum, mas o agravante nesse momento, é que questões como a formação do El Niño e o aquecimento global estão aumentando as chances desses eventos serem fortes e causarem danos mais graves. Ambos eventos devem ganhar forças nos próximos meses e é possível que causem ainda mais estragos esse ano.

    O climatologista Francisco Eliseu Aquino, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, afirma que a temperatura mais elevada dos oceanos, combinada com a formação natural do El Niño, resulta em eventos climáticos mais intensos. Trata-se de um agravamento dos fenômenos naturais. Esse inverno gaúcho, por exemplo, registrou ao menos um ciclone por semana, o que é atípico. E, além de ocorrerem de forma mais frequente, alguns desses eventos ocorreram de maneira mais intensa, resultando nos dados trágicos que vimos acima.

 

Vem aí em outubro: GlobalG.A.P TOUR

    Será a primeira vez que o GLOBALG.A.P. TOUR acontecerá no Brasil! Desde 2009, o tour já passou por 44 países e 06 continentes. O evento reúne todos os elos da cadeia de abastecimento numa conversa sobre certificação, boas práticas agrícolas, mercado e avanços da cadeia agroalimentar.

Conheça alguns dos palestrantes confirmados:

-Marcio Milan - Vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)

-Ana Paula Maniero - GS1 Brasil

-Fernando Merlin - Grupo Carrefour

-Giampaolo Buso - PariPassu  

    O evento será realizado nos dias 30 e 31 de Outubro em São Paulo. Para se inscrever é só clicar no link: https://www.sympla.com.br/evento/globalg-a-p-tour-2023/2049609

 

Cópia de Post GLOBALG.A.P. TOUR 25.07

 

Para conferir e aprender

    Para estimular ainda mais o compartilhamento de conhecimento, aproveitamos esse espaço para recomendar leituras e cursos gratuitos que podem auxiliar no desenvolvimento seu e dos seus colaboradores. A busca por informação de qualidade é a base para a criação e manutenção de negócios consistentes, estáveis fortes e sólidos. Então aproveite para se desenvolver com esses materiais!

 


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