ParInforme Lado a Lado: Especial Junho de 2024

Confira nesta edição a qualidade dos FLVs em maio, principais defeitos encontrados e produtos devolvidos, o que esperar do clima para junho, como as temperaturas afetam a qualidade dos alimentos e como rotular produtos processados e in natura!

    Olá, seja muito bem-vindo à edição de junho de 2024 do ParInforme, o informativo oficial da PariPassu! Esta é uma edição especial e, além de acompanhar os principais dados de qualidade e clima de maio, você também vai conferir textos exclusivos sobre o mercado de alimentos!

    Saiba que o ParInforme é publicado mensalmente para que você fique por dentro da qualidade das frutas, legumes e verduras (FLVs), os principais destaques do clima e como eles impactam nas produções agrícolas.

   

Seja bem-vindo e boa leitura! 📰🍎

Confira neste ParInforme:

 

Qualidade em Maio

 

Introdução

    Para saber como estava a qualidade dos FLVs em maio de 2024, nós analisamos 27.016.671kg de produtos comercializados no mês. Deste total, 86,8% dos produtos foram recebidos pelos supermercados, 8,5% foram recebidos em restrição e 4,7% foram devolvidos, conforme as imagens abaixo:

 

    Para acompanhar mais de perto a qualidade, você verá a seguir algumas  informações sobre as movimentações do mercado em maio, incluindo a comparativa de dados de alguns varejos! 📈🍉

Observação: Para manter a privacidade dos nossos parceiros, os varejos apresentados aqui foram escolhidos de maneira aleatória e variada, de forma que um mesmo varejo não apareça mais de uma vez por edição. Ou seja, os varejos que são apresentados em um gráfico não são os mesmos que aparecerão no gráfico seguinte e assim por diante.

 

Evolução no Status de Qualidade

    Quando olhamos o recebimento de frutas, legumes e verduras (FLVs) aos varejos em maio de 2024, observamos uma pequena mudança em relação ao mês anterior (abril). Nesse sentido, 87% dos produtos entregues aos supermercados pesquisados foram recebidos na sua totalidade, apresentando 1 ponto percentual a menos do que em abril. Já o percentual de produtos recebidos em restrição permaneceu igual ao mês anterior, sendo este de 8%. Sobre os produtos que foram devolvidos, o percentual aumentou 1 ponto em relação à abril, atingindo 5% em maio.

Confira as informações completas no gráfico abaixo:

 

Acompanhamento das Devoluções

    Quando olhamos mais de perto os percentuais de devolução de alguns varejos, podemos ver que, em geral, os supermercados tiveram pequenas variações de abril para maio. Nesse sentido, podemos ver que 2 varejos tiveram uma queda no percentual de devolução (varejos 3 e 5), 2 varejos tiveram um aumento neste mesmo percentual (varejos 1 e 6) e os outros 2 varejo permaneceram com o mesmo percentual de devoluções do mês anterior (os varejos 2 e 4).

 Confira no gráfico abaixo a comparação deste dado nos últimos seis meses:

 

Produtos devolvidos

    Quando voltamos o nosso olhar para os produtos, observamos que a maçã foi o FLV mais devolvido em maio, apresentando o percentual de 15% de devolução, 6 pontos percentuais a mais do que em abril.

    Outro produto que se destaca é o jiló, com 13% de devolução, apresentando um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

    Nesse sentido, 7 dos 20 produtos pesquisados apresentaram um aumento no índice de devolução em relação à abril, enquanto que 13 produtos apresentaram uma diminuição neste percentual.

 Acompanhe os demais produtos no gráfico abaixo:

 

    Sobre os produtos com maior índice de devolução em maio, podemos nos aprofundar tanto na maçã quanto no jiló.

    No caso da maçã, após uma análise, identificou-se que os principais motivos de devolução na comercialização deste produto são os defeitos graves por danos mecânicos, podridões e manchas leves, respectivamente. Os danos mecânicos podem ocorrer durante a colheita, transporte ou manuseio inadequado, ressaltando a importância de práticas cuidadosas em todas as etapas da cadeia de fornecimento. A podridão, por sua vez, frequentemente decorre de condições inadequadas de armazenamento, como temperatura e umidade excessiva.

    Além disso, alguns comercializadores revelaram escassez no volume do produto nacional, o que impulsiona a comercialização de variedades importadas. Nessas circunstâncias, é crucial implementar uma logística eficiente e minimizar ao máximo as mudanças de temperatura, evitando danos fisiológicos e o aumento dos defeitos identificados nas inspeções de qualidade.

    As manchas leves, por sua vez, muitas vezes são decorrentes de pequenos traumas,  exposição a condições ambientais adversas e falta de nutrientes, necessitando atenção especial durante o transporte e armazenamento. Ainda, foi observado que as maiores devoluções estão relacionadas às variedades Gala e Fuji. Em várias regiões de comercialização, condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento de podridão e ocorrência de manchas leves foram observadas. Confira a seguir alguns exemplos de defeitos identificados:

Junho  - Maçã 1 (1)Junho  - Maçã 2 (1)

    Já no caso do Jiló, observou-se que o principal motivo de devolução foram os defeitos leves, incluindo lesões cicatrizadas, e danos graves, com uma incidência evidente de pragas na área interna do produto, o que compromete a sua qualidade. Nas análises de devolução, observou-se uma média de 15% para defeitos leves e 7% para defeitos graves. Confira a seguir alguns exemplos dos defeitos encontrados:

Junho  - Jiló 1Junho  - Jiló 2

 

Meteorologia

Eventos extremos em maio

    O mês de maio foi marcado pela ocorrência de eventos climáticos extremos no Brasil, principalmente relacionados às chuvas, o que trouxe grandes impactos no agronegócio, bem como alagamentos e deslizamentos de terra em áreas urbanas e rurais. Nesse sentido, se destacam as chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Além das chuvas, também ocorreram eventos extremos relacionados à temperatura, tais como a ocorrência de calor extremo no centro do país e de frio no Rio Grande do Sul. 

    Confira a seguir um pouco mais sobre as anomalias climáticas de pluviosidade (chuva) e temperatura registrados em maio, de acordo com o Relatório de Eventos Extremos de Maio de 2024 no Brasil, do INMET.

Chuvas:

    Nas Regiões Norte e Nordeste, a combinação de calor com a alta umidade resultou em fortes pancadas de chuva, principalmente em áreas dos estados da Paraíba, Alagoas, Roraima e Sergipe. Neste sentido, se destacam os municípios de Brejo Grande (SE) e Boa Vista (RR), uma vez que o primeiro registrou 158,2mm de chuva no dia 7 e o segundo marcou 143,4mm de chuva no dia 10.

    A Região Sul, por sua vez, registrou chuvas fortes e persistentes, causadas por uma união de fatores climáticos, como baixa pressão atmosférica e deslocamento de frentes frias. Muitos municípios registraram altos volumes acumulados de chuva, mas podemos mencionar Soledade (RS), que marcou 249,4mm de chuva no dia 02 de maio, e Santa Maria (RS), que registrou 213,6mm no dia 01. Além desses volumes registrados, novas chuvas voltaram a atingir o estado entre os dias 11 e 12, decorrentes da formação de um novo sistema frontal. Confira a seguir a tabela com a pluviosidade registrada em maio nos estados mencionados, bem como no estado do Maranhão, que apresentou déficit de chuvas neste mês:

Fonte: INMET

 

    Veja também o mapa com a precipitação acumulada no Brasil, no período de maio:

Fonte: INMET

Entenda a imagem: O mapa mostra a quantidade de chuva acumulada em cada estado do país, em maio. Quanto mais escuro o tom de azul, maior foi a quantidade de chuva e quanto mais claro o tom de verde, menor a quantidade de chuva acumulada. Os tons de laranja, amarelo e branco são ainda inferiores aos de verde, registrando os menores volumes de chuva acumulada apresentados no mapa.

Temperatura:

    Além da chuva, eventos extremos referentes à temperatura também foram registrados em maio. Nesse sentido, ainda de acordo com o INMET, a Região Central do Brasil teve ondas de calor e ocorrências de calor extremo, enquanto que o Rio Grande do Sul foi atingido por frio, com mínimas próximas à zero e ocorrências de geada. 

    Nesse sentido, o que foi considerada a 4ª onda de calor atingiu as Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, permanecendo ativa até o dia 14 de maio. Neste mesmo dia, o município de São João do Piauí (PI) registrou a temperatura máxima de 40ºC. Ainda podemos observar que, de uma forma geral, as temperaturas máximas ultrapassaram os 38ºC neste mês, principalmente nos estados do Piauí, Roraima, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro

    Ainda nas anomalias de temperatura do mês, uma massa de ar frio esteve presente no Rio Grande do Sul entre os dias 18 e 21 e 24 e 26, causando uma queda nas temperaturas mínimas, que chegaram a ser inferiores a 5ºC em áreas da serra. Neste período, ouve ocorrência de temperaturas negativas e próximas à 0ºC, acompanhadas de eventos de geadas. Acompanhe a seguir as menores temperaturas registradas nesse período:

Fonte: INMET

 

O que esperar de junho

        Segundo o INMET, a tendência é que junho traga chuvas acima da média nas áreas do leste da Região Nordeste, norte da Região Norte, e áreas pontuais do Maranhão, Piauí e Ceará, causadas principalmente pelo aquecimento do Atlântico Tropical. Já nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, interior do Nordeste, sul do Norte e oeste do Sul, devem registrar chuvas próximas ou abaixo da média

        Neste sentido, espera-se que o leste da região Nordeste se beneficie das chuvas acima da média para a semeadura e desenvolvimento do milho e feijão de terceira safra. Por outro lado, áreas do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), principalmente os estados do Piauí e da Bahia, podem presenciar restrição de água no solo para o desenvolvimento do milho de segunda safra, em virtude das chuvas abaixo da média na região. Da mesma forma, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, parte do Paraná, bem como o sul do Sudeste e Centro-Oeste também podem registrar redução do nível de água no solo, devido às chuvas próximas ou abaixo da média.

        No que se refere às temperaturas, a previsão é que permaneçam acima da média em todo o país, com destaque para a área central do país, que também será afetada pela redução das chuvas. Contudo, há a possibilidade de ocorrência de geadas em alguns locais de maior altitude, já que é comum nesta época do ano que ocorram massas de ar frio que provocam a queda das temperaturas.

    Confira nos mapas a seguir a previsão de precipitação e temperatura para o mês de junho:

     

    Imagem 1: Anomalias de precipitação           Imagem 2: Anomalias de temperatura

    Fonte: INMET

    Entenda a imagem:

    Na imagem da esquerda (a imagem 1) você pode ver o mapa de anomalias de precipitação esperadas para o mês de junho. No caso, os tons de azul representam a ocorrência de chuvas acima da média, enquanto que os tons de amarelo e laranja representam chuvas abaixo da média. As áreas em cinza mostram a ocorrência de chuvas dentro da média.

     

    Na imagem da direita (imagem 2) você pode ver as anomalias de temperatura previstas para o mês de junho. No caso, quando mais escuro o tom de laranja, maior serão as temperaturas acima da média climatológica e quanto mais escuro o tom de azul, menor serão as temperaturas abaixo da média.

     

    Do campo à mesa: Temperatura

    Importância e Impacto

        A temperatura é um dos fatores mais importantes em toda a cadeia agroalimentar, principalmente quando nos referimos ao tempo de vida das frutas, legumes e verduras (FLVs).  Isso se deve porque ao manter a temperatura baixa no armazenamento de determinados alimentos podemos evitar a perda de água, conservar seus nutrientes, inibir o crescimento de doenças e manter a cor, sabor e textura do produto, aumentando o tempo de vida do alimento e evitando perdas. Nesse sentido, conforme um levantamento da ABRAS, anualmente, R$1,3 bilhão de FLVs são descartados por supermercados no Brasil. Além disso, cada brasileiro desperdiça, em média, 60 quilos de alimentos bons para consumo a cada ano. Um dos principais fatores para que ocorra esse descarte é quando o alimento apodrece após passar por sua fase de amadurecimento, não sendo atrativo e nem próprio para o consumo

        Dessa forma, é necessário entender como a temperatura implica nesse processo de amadurecimento e como podemos diminuir as perdas de FLVs, tendo como principais aliadas a atmosfera  e temperatura controladas.

     

    Alimentos Climatéricos e Não-Climatéricos

        Na preservação e armazenamento de frutas, legumes e verduras (FLVs), a temperatura desempenha um papel crucial, interagindo com fatores ambientais como o nível de oxigênio, concentração de CO2 e umidade relativa do ar para regular o amadurecimento dos alimentos. Dessa forma, podemos dividir os FLVs em dois grupos: alimentos climatéricos e não climatéricos.

        A maturação dos alimentos como as frutas, legumes e verduras ocorre através do processo do aumento do hormônio responsável pelo amadurecimento, o etileno, que eleva a respiração dos FLVs e faz com que o alimento fique maduro de acordo com a sua taxa hormonal. Tanto a produção de etileno quanto a respiração são influenciados pela temperatura do local de armazenamento. Os efeitos após a colheita podem ser desejáveis ou não e para poder fazer essa análise, devemos conhecer um pouco mais sobre os dois grupos listados anteriormente e de que forma a temperatura está ligada a esse processo. 

      Os alimentos climatéricos são aqueles que amadurecem tanto durante o crescimento na planta quanto após a colheita, ou seja, o ideal para esses casos é colher antes do seu pico de amadurecimento e armazenar em condições ideias para retardar seu envelhecimento, assim aumentando seu tempo de vida. Essas condições referem-se principalmente à temperatura de armazenamento, que é relativa ao analisarmos cada FLV. Podemos citar como alguns exemplos de alimentos climatéricos: maçã, banana, pera, maracujá, tomate, manga entre outros.

        Por outro lado, os alimentos não climatéricos amadurecem quando estão ligados à planta mãe e diminuem seu processo de amadurecimento após a colheita, pois não apresentam aumentos na taxa respiratória e na produção de etileno. Assim, o período ideal para que esses alimentos sejam colhidos é após seu pico de maturação. Diferente dos alimentos climatéricos, eles não exigem condições tão específicas de armazenamento referente a temperatura. Podemos citar como alguns exemplos de alimentos não climatéricos: laranja, limão, abacaxi, amora, pepino, pimentão, cacau entre outros.  

        Confira a seguir alguns exemplos de alimentos climatéricos e não climatéricos e instruções sobre o tempo correto da colheita: 

     

        O etileno atua diretamente no metabolismo dos FLVs e deve ser analisado quando armazenamos diferentes alimentos em um mesmo lugar. Além de atuar no amadurecimento dos alimentos, ele pode influenciar diretamente em outros produtos se estiverem próximos a um alimento com alta taxa de respiração, como por exemplo a banana e outros alimentos climatéricos, podendo causar danos que comprometem o produto. 

        De forma prática, podemos voltar ao exemplo do armazenamento das bananas, ele deve ocorrer em ambientes mais controlados pois amadurecem mais rápido por possuírem alta taxa hormonal. Por isso, elas devem ser armazenadas em temperaturas mais baixas e separadas de outros alimentos. O etileno liberado pelas bananas pode influenciar e acelerar o amadurecimento dos alimentos próximos, comprometendo sua qualidade e reduzindo seu tempo de armazenamento. Dessa forma, podemos citar alguns desses danos na tabela abaixo: 

     

        Além de estabelecer a temperatura em que os alimentos serão armazenados, é fundamental manter os cuidados e boas práticas ao longo de toda a cadeia de produção e distribuição dos FLVs, desde o seu manejo até chegar à mesa do consumidor, assim garantindo a qualidade e maior tempo de vida dos FLVs. 

     

    Cuidados e boas práticas

        Para prolongar o tempo de vida dos FLVs, podemos adotar algumas práticas ao longo do seu caminho até o consumidor final, visando controlar principalmente a transpiração desses alimentos, dessa forma podemos alterar seu ambiente, forma de armazenamento e outros fatores. Podemos citar alguns desses cuidados:

    • Temperatura e umidade relativa constantes e indicadas para o produto e variedade; 
    • Rápido resfriamento do produto a ser conservado, fazendo de preferência, o pré-resfriamento no campo; 
    • Evitar danos mecânicos e exposição a ventilação desnecessária que aumentam a transpiração; 
    • Armazenar em atmosfera controlada; 
    • Vistoriar diariamente os lotes estocados, inspecionando os alimentos de forma a retirar produtos podres ou fora do padrão. 

        Além disso, é importante saber a temperatura em que os FLVs devem estar armazenados. Assim, trouxemos alguns dados da durabilidade de alguns alimentos de acordo com a temperatura ideal de armazenamento, dessa forma, indicando em qual temperatura cada alimento tem maior tempo de vida

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    Rotulagem de produtos: Processados X In Natura

        A rotulagem de alimentos desempenha um papel essencial na segurança do alimento e na transparência das informações para os consumidores. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece diretrizes específicas para essa prática, adaptadas a cada tipo de alimento. Segundo a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) Nº 727, de 1º de julho de 2022, a rotulagem abrange uma ampla gama de elementos, desde inscrições até imagens, gravadas ou coladas na embalagem do alimento.

        Alimentos processados, especialmente aqueles com diversos ingredientes, estão sujeitos a regulamentações rigorosas. Conforme  a mesma RDC, estes  rótulos devem conter diversas  informações obrigatórias, . isso inclui a denominação de venda, lista de ingredientes em ordem decrescente de quantidade, advertências sobre alérgenos e lactose (quando aplicável), presença ou ausência de glúten, detalhes sobre alterações na fórmula, aditivos alimentares, tabela nutricional, conteúdo líquido, identificação da origem e do lote, prazo de validade e instruções de conservação, preparo e uso. Além disso, normas específicas podem exigir outras informações.

        Por outro lado, a rotulagem de alimentos in natura, como frutas e vegetais, possui menor exigência devido a simplicidade do seu  processo de produção e a relação com a diminuição do desperdício de alimentos. Diversas  informações mencionadas anteriormente não são necessárias para este grupo de alimentos, como a lista de ingredientes, uma vez que são compostos por um único ingrediente. Não  há a necessidade de advertências sobre alérgenos ou lactose, embora seja necessário identificar a presença ou ausência de glúten, conforme a Lei 10.674/2003. Da mesma forma, a tabela nutricional e o prazo de validade não são exigidos para estes produtos.

        Confira a seguir quais itens são necessários para a rotulagem de produtos processados e in natura:

    Rotulagem - ParInforme (3)Rotulagem - ParInforme (4)

        Em termos práticos, a rotulagem de alimentos processados é mais complexa e exige um maior conhecimento técnico na área de alimentos, além de investimento em design  e impressão, sendo necessário atenção redobrada à composição do produto, para garantir o cumprimento das normas da ANVISA e evitar penalidades. Já a rotulagem de alimentos embalados in natura é mais simples e flexível, otimizando tempo e recursos .

        A diferença nas exigências de rotulagem entre alimentos processados e in natura reflete a necessidade de controle mais rigoroso e informações detalhadas para produtos que passam por processos industriais. Produtos processados podem conter múltiplos ingredientes, aditivos e alérgenos, justificando uma abordagem minuciosa na rotulagem para proteger e informar o consumidor. Por outro lado, alimentos embalados in natura são naturalmente menos complexos e, portanto, requerem menos informações no rótulo. No entanto, a identificação clara da origem é crucial para a rastreabilidade e segurança do alimento.

    Rotulagem - ParInforme (5)  Com uma vasta quantidade de alimentos industrializados, compreender as diferenças quanto à rotulagem entre alimentos processados e in natura é essencial tanto para consumidores quanto para profissionais da área de alimentos. Uma rotulagem adequada não apenas garante transparência e segurança do alimento, mas também capacita os consumidores a terem escolhas mais criteriosas e conscientes  do que estão consumindo.

    Para mais detalhes sobre as regulamentações de rotulagem, recomenda-se a leitura do item "2.1 Rotulagem de Alimentos" da Biblioteca de Alimentos da ANVISA, disponível em:

    https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/regulamentacao/legislacao/bibliotecas-tematicas/arquivos/biblioteca-de-alimentos

    Conforme o DESPACHO Nº 49, de 28 de março de 2024, o prazo máximo para adequação à nova rotulagem nutricional foi em 22 de abril de 2024. Portanto, fique atento aos modelos utilizados em seus rótulos para evitar problemas. Vale ressaltar a preocupação da PariPassu em estar auxiliando seus clientes, já estamos com as versões atualizadas das tabelas nutricionais em nosso Rastreador, fale com seu especialista para mais informações.

     


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