Este é um documento de sugestão para a Política de Correção dos varejos participantes do Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos
O monitoramento dos resíduos de defensivos químicos precisa ao longo do tempo gerar uma melhoria do índice de conformidade. Este é o principal objetivo do Programa RAMA.
Neste sentido, a participação da área comercial e de segurança alimentar, valorizando os bons resultados dos fornecedores e como contrapartida entregando mais volume de negócios, gera e garante um ciclo virtuoso e a sobrevivência do programa, com sua sustentabilidade técnica e econômica.
Como sugestão, a ABRAS definiu um modelo de Política Geral de Correção para os resultados de inconformidades das redes de supermercado que aderirem ao Programa RAMA.
O objetivo é orientar e disponibilizar, através de um conjunto de variáveis organizadas de forma ordenada, para a condução de um procedimento junto ao fornecedor.
As variáveis utilizadas são: Ciclo da Cultura, Possibilidade de Armazenagem, Perecibilidade do Produto, Tipo de Inconformidade (LMR, NA, LMR+NA e Proibido), Reincidência da Inconformidade e Sistema Produtivo (convencional ou orgânico).
Para algumas das variáveis definidas acima, foram estabelecidos valores médios de referência para facilitar a classificação e inclusão das culturas analisadas pelo Programa PARA.
Ao todo são seis (6) variáveis consideradas para o Política de Correção, conforme descrição abaixo:
1) Ciclo da Cultura: Os ciclos produtivos variam de acordo com sua espécie, tendo tempos diversos. Para possibilitar uma metodologia de simples entendimento, foram estabelecidos dois ciclos: Ciclo Longo e Ciclo Curto. De forma geral, considerou-se que as culturas com ciclos longos, implicam em maior tempo para a disponibilização de novas safras de produtos. Em contrapartida, as espécies de Ciclo Curto têm uma velocidade de reposição maior. Sendo assim, estabeleceu-se como valor de corte para o Ciclo da Cultura Curto ou Longo, menor que 110 dias e maior que 110, respectivamente.
2) Possibilidade de Armazenagem: Em linhas gerais, produtos com maior possibilidade de tempo de armazenagem implicam em maior disponibilidade da mesma fonte quando comparados aos produtos que tem alto giro e baixa possibilidade de armazenagem (por exemplo, maçã comparada com a alface).
3) Perecibilidade do Produto: Está diretamente relacionada a sua capacidade de armazenagem. Produtos muito perecíveis têm uma reposição mais veloz e, portanto, com possibilidade de alteração da origem produtiva da mercadoria.
4) Tipo de Inconformidade: Temos quatro (4) possíveis resultados das análises de resíduos: LMR, NA, NA+LMR e Proibido. Para cada um dos resultados, de acordo com a cultura, é necessária uma ação corretiva específica.
5) Reincidência: esta variável é imprescindível para o processo de correção, pois cria a consequência necessária aos fornecedores, mantendo a seriedade e credibilidade do Programa.
6) Orgânico e Tradicional: a última variável é quanto ao tipo de produção. O Programa RAMA contempla o monitoramento dos produtos tradicionais e orgânicos. O objetivo é identificar a contaminação por agroquímicos, que neste caso deve ser totalmente ausente.
Nas tabelas 1 e 2 é possível identificar as variáveis consideradas, de forma resumida, para a Política de Correção:
A primeira ação do fornecedor é fazer o preenchimento do plano de ação no S.A.R.A (Sistema de Analise de Resíduos em Alimentos). O plano de ação é um dos dispositivos desta Política Geral de Correção. Os agentes envolvidos na produção e distribuição do alimento têm a responsabilidade de elaborar este plano corretivo, no prazo máximo de 30 dias.
Neste artigo orientamos sobre acesso e preenchimento do plano de Ação no S.A.R.A.
A segunda ação do fornecedor é a contratação da recoleta, que consiste em uma nova coleta do produto/fornecedor/origem inconforme na análise de resíduos de agrotóxicos, a fim de constatar que houve uma adequação quanto a segurança do alimento que está sendo distribuído.
Essa solicitação depende da adequação do varejo RAMA a essa política de correção. Dessa forma, o comercial da PariPassu encaminha a proposta comercial de reanálise para o fornecedor arcar com o custo da nova rodada de testes do seu produto e, com o devido aceite do fornecedor, o setor de Monitoramento & Alimento Seguro programa a coleta da reamostragem contratada.
Havendo reincidência da inconformidade cabe ao varejo as medidas a ser tomadas (bloqueio de origem, produto ou fornecedor).
Caso tenha dúvidas, entre em contato conosco através do e-mail: amostras@paripassu.com.br ou Whatsapp (48) 991576070.
Esperamos ter ajudado! 💙